Além de fazer valer todos os direitos fundamentais, a presunção de não culpabilidade, e garantir a integridade física e moral do cliente, a função do Advogado na Audiência de Custódia é também demonstrar ao Juiz a ausência de necessidade na manutenção da prisão, traçando e executando a melhor estratégia para conseguir a liberdade do cliente.

É fundamental instruir o pedido de Liberdade Provisória com todos os documentos necessários para demonstrar que o cliente não deve permanecer preso. Essa instrução deve ter a colaboração dos parentes e amigos do custodiado, quem têm mais acesso à tais documentos e informações.

Por isso, o Advogado Criminalista deve ter o domínio de todas as medidas cautelares não prisionais, bem como, de toda a documentação necessária para realizar uma boa instrução do pedido de Liberdade.

O Advogado Criminalista deve analisar as circunstâncias em que se deu a prisão; se o cliente foi vítima de violência policial; se houve invasão de domicílio; entre inúmeras outras situações que tornam o ato de prisão ilegal.

Sendo a prisão ilegal, o pedido a ser feito ao Juiz da Audiência de Custódia é de relaxamento de prisão. Se a prisão é legal, o pedido é de concessão da liberdade provisória, dentre outras nuances como a aplicação de medida cautelar não prisional, por exemplo.

Importante frisar que na Audiência de Custódia são analisadas apenas as circunstâncias da prisão ou apreensão, não e não o mérito da questão, já que isso ocorrerá em momento oportuno, dentro do processo criminal, mais a frente.

Outro ponto importante é a comunicação prévia do Advogado Criminalista com o custodiado.

A lei garante o direito a toda pessoa presa de se comunicar previamente com o seu Advogado, de forma pessoal e reservada, onde pode assim receber todas as orientações necessárias para a busca de atingir o melhor resultado possível de uma Audiência de Custódia, a concessão da Liberdade.